Quando tinha 11 anos, Daniel Santana Rocha foi acompanhar o pai em um curso de matemática para professores e surpreendeu a sala de aula ao resolver um exercício que parecia indecifrável por todos.
Foi para lousa e mostrou a resolução para orgulho do pai, que também não tinha conseguido chegar na resposta do problema. Hoje aos 16, a presença de Daniel no curso de mestrado em matemática pura no Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa), instituição que reúne a excelência em matemática do país no Rio de Janeiro, não causa mais espanto.
De manhã, Daniel vai para o mestrado. À noite segue para a escola estadual Engenheiro Bernardo Sayão, em Jacarepaguá, onde cursa o segundo ano do ensino médio. Como ainda não é graduado, não vai conseguir pegar o diploma da pós quando o curso terminar no fim deste ano. Situação que pretende resolver assim que concluir a educação básica, quando pretende conciliar a graduação e o doutorado. Também já tem planos para o pós-doutorado: “penso em fazer na França. Quero trabalhar como pesquisador.”
O gosto pela matemática Daniel pegou do pai, o professor Fernando Batista da Rocha, de 51 anos. Inclusive é ele quem dá aulas para Daniel no ensino médio. Fernando garante que o garoto não tem uma rotina sobrecarregada. “Estudar não é carregar peso, o mestrado é prazer para ele. Ele ama estudar, nunca gostou de futebol, por exemplo. O meio dele é o acadêmico, e vida se tornou mais prazerosa e mais feliz depois do Impa. Ele tem facilidade em pesquisa, por isso o estudo é natural.”
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